28 de dezembro de 2010

Menos desmatamento, mas legislação ambiental em risco

Lula deixa Brasil com menos desmatamento, mas legislação ambiental corre risco.

O grande trunfo da área ambiental nos oito anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a queda do desmatamento na Amazônia Legal. Em 2010, o bioma perdeu 6.451 quilômetros quadrados (km²) de floresta, chegando à menor taxa em 23 anos de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2003, primeiro ano do governo Lula, o desmate atingiu 25,3 mil km².

Por trás da redução do desmatamento estão as políticas adotadas pelos ex-ministros do Meio Ambiente, Marina Silva e Carlos Minc, principalmente a ampliação de operações de fiscalização, a criação de áreas protegidas em regiões críticas e as medidas de restrição ao crédito para os desmatadores.

Além da Amazônia, na gestão de Lula o governo passou a monitorar outros biomas e a partir de 2011 deve ter dados comparativos anuais para direcionar e avaliar as estratégias de combate ao desmatamento em todas as regiões do país.

Na conta ambiental do governo Lula também entram o aumento da produção e uso de biocombustíveis – principalmente o etanol – e a criação de áreas protegidas. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), cerca de 75% dos 700 mil km2 de áreas protegidas criadas em todo o mundo desde 2003 estão localizados em território brasileiro.

Para o diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Paulo Moutinho, a posição do Brasil na negociação internacional sobre mudanças climáticas também avançou durante o governo Lula, em especial no segundo mandato. O país reviu posições conservadoras, assumiu compromisso internacional de reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2020 e criou uma legislação nacional para o setor.

“No início do governo Lula havia muita resistência do Brasil em tratar da questão da mudança do clima de forma mais proativa, era um discurso na defensiva. Passamos de uma posição extremamente conservadora e cautelosa para outra de liderança”, disse.

Apesar dos números positivos, a política ambiental dos últimos anos foi marcada pela ambiguidade, na avaliação de ambientalistas. No centro da contradição está o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado para espalhar grandes obras de infraestrutura pelo país, muitas vezes à revelia da conservação ambiental e do interesse de populações tradicionais.

O licenciamento ambiental foi palco de disputa entre técnicos e políticos e motivou seguidas ações do Ministério Público Federal (MPF) questionando a legitimidade das autorizações concedidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Em oito anos, o embate entre a área desenvolvimentista e o Ministério do Meio Ambiente veio a público em episódios como os impasses para o licenciamento ambiental das hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia, e mais recentemente da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará.

Na avaliação do assessor de Políticas Indigenista e Socioambiental do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Ricardo Verdum, os conflitos socioambientais por causa de grandes obras são o maior passivo ambiental do governo Lula. “Nesses anos se observou um relativo desrespeito às populações atingidas. As comunidades têm sido desconsideradas, desrespeitadas e manipuladas no processo”, afirmou.

Ao fim do governo Lula, outra ameaça para as conquistas ambientais dos últimos anos ganhou força com a tentativa de aprovação da flexibilização do Código Florestal. A base governista nunca se posicionou diretamente contra as mudanças na lei e no apagar das luzes do ano legislativo, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), tentou negociar a votação do projeto para agradar a bancada ruralista.


Fonte: Notícias Uol

21 de dezembro de 2010

O apocalipse das sacolas de plásticos.




Consumidores e governo se preocupam com o destino e produção das sacolas plásticas

Nas décadas de 70 e 80, as sacolas de plástico se tornaram necessidade e hoje são um hábito que pede mudanças. A discussão sobre sua adoção e destino após o uso está cada vez mais próxima dos consumidores. O que antes era mais abordado entre as empresas, hoje preocupa também quem as usa no dia-a-dia.

No Brasil, algumas medidas estão sendo tomadas para diminuir a produção, principalmente em supermercados, onde são mais utilizadas. Semana passada, a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) anunciou metas que pretendem reduzir em 40% o emprego dos sacos plásticos no setor supermercadista até 2015. O consumo consciente será estimulado também pela criação do Manual de Ações de Boas Práticas, para funcionários e consumidores.

Alguns países já adotaram atitudes para conter o aumento dessas sacolas. A Irlanda foi o primeiro país a controlar a produção através de medidas do governo, introduzindo em 2002 a PlasTax. É um imposto cobrado dos consumidores, 0,15 € a cada unidade. O resultado foi a redução de 90% no consumo das sacolas plásticas e a arrecadação de 23 milhões de euros destinados a projetos ambientais.

Hábitos dos consumidores

Alguns hábitos relacionados ao uso das sacolas de plástico são recorrentes no Brasil. Desde sua utilização como recipiente para guardar resíduos ou recolhimento de dejetos de animais, os consumidores vêem o benefício do plástico gratuito dos supermercados por não precisarem comprar sacos específicos para esses fins.

Apesar do costume, segundo a pesquisa Sustentabilidade Aqui e Agora, do Ministério do Meio Ambiente, a proibição das sacolas plásticas é aprovada por 60% da população. Indica também que 21% não sabe como descartar o lixo sem as sacolas.

Algumas dúvidas são recorrentes, como a diferença entre as sacolas de supermercado e os sacos de lixo. Apesar dos dois serem de polietileno, os sacos específicos para resíduos tem a vantagem de possuírem um ciclo de vida mais curto. Eles cumprem a sua missão de descarte enquanto as sacolas, além do hábito de embalar o que já foi consumido, cumprem a função de embalagem de produtos a serem transportados.

9 de dezembro de 2010

Faça seu lixo gerar renda

Projeto da ONG ‘Doe seu Lixo’ está ao alcance de qualquer um. Basta fazer cadastro para ter material reaproveitável retirado de casa. Resíduos garantem subsistência de muitos.

O lixo caseiro que vai para a caçamba da coleta pública — em geral sem o menor critério de seleção —, após separação adequada, pode se transformar em matéria-prima e gerar trabalho e renda para famílias com poucos recursos. A ONG ‘Doe seu Lixo’ tornou a proposta realidade há seis anos. More em casa ou apartamento, qualquer um que vive no Rio pode se cadastrar para ter resíduos recicláveis retirados e vê-los ganhar valor.

A ‘Doe seu Lixo’ surgiu da preocupação da atriz Isabel Fillardis com o meio ambiente e a população de rua. Apoiada pelo marido, Julio Cesar Santos, secretário geral da ONG, ela começou a bater à porta de empresas para obter doadores e colaboradores. “O primeiro objetivo era gerar emprego e renda, o segundo, dar destinação adequada aos resíduos. A Isabel saiu a campo para abrir portas e, desde então, o projeto já tirou 650 pessoas da rua, que foram transformadas em agentes ambientais”, orgulha-se Julio Cesar.

Com a conquista de parceiros de peso, como a Coca-Cola Brasil e o Banco Itaú, a ONG profissionalizou-se, expandiu-se e ganhou status de programa de qualificação. “Passamos a ser procurados não mais apenas por catadores de rua, mas também por chefes de família desempregados, por exemplo. Pessoas que simplesmente queriam fazer do segmento uma alternativa de trabalho. Para atender a essa nova demanda, foi montada uma grade de treinamento, que aborda separação de resíduos, recuperação de áreas degradadas, limpeza de galerias pluviais, gestão, entre outros processos”, explica Julio Cesar.

SABER COMPRAR E DESCARTAR

Empresas ou pessoas que quiserem descartar qualquer tipo de lixo reciclável podem participar desse mutirão e sem desembolsar nenhum centavo por isso. Por meio de um sistema on-line, o doador pode acompanhar todo o passo a passo da transformação do lixo em remuneração para os ex-catadores e hoje agentes.


O ideal, porém, é juntar lixo suficiente para encher um saco de 50 litros. O próprio site orienta quanto ao que pode ou não ser reaproveitado. “Mas o primeiro desafio mesmo é aprender a consumir de forma consciente. A gente tem muita coisa em casa que fica esquecida, porque compra demais ou sem necessidade. Tem que ter consciência para comprar e descartar”, prega Julio Cesar.


Quer saber como entregar seu lixo ? Veja em MEXA-SE!

7 de dezembro de 2010

Engorda de plantas com CO2 retardaria aquecimento global

WASHINGTON (AFP) - Em um mundo com o dobro de CO2 na atmosfera, as plantas poderiam crescer melhor e auxiliar no esfriamento do planeta, mas não conseguiriam deter ou reverter as mudanças climáticas, anunciou a Nasa esta terça-feira.

Um dos maiores mistérios que os cientistas enfrentam no que diz respeito às mudanças climáticas é como projetá-las no tempo, particularmente em conta da reação da Terra a temperaturas mais quentes, um fenômeno conhecido como "feedback" (retroalimentação).

Sabe-se há tempos que as plantas - que usam dióxido de carbono (CO2), luz solar e água para crescer através da fotossíntese - são capazes de se adaptar a níveis maiores de dióxido de carbono (CO2), ao usar nutrientes de forma mais eficiente e gerar folhas de maior tamanho.

"Este processo é chamado 'regulação para baixo'. Este uso mais eficiente da água e dos nutrientes tem sido observado em estudos experimentais que podem conduzir a um crescimento maior das folhas", explicou a agência espacial americana em um comunicado.

Um estudo da Nasa, descrito na edição desta terça-feira da revista Geophysical Research Letters, calculou que as plantas conseguem reduzir a temperatura planetária em até 0,3º C.

No entanto, esta cifra fica muito abaixo da elevação de 2º a 4,5º C, prevista em diversos modelos sobre o aquecimento global.

1 de dezembro de 2010

Bunge lança cartilhas para conscientização ambiental

Como parte de suas ações de responsabilidade socioambientais, a Bunge* lançou recentemente duas cartilhas que abordam conteúdo sobre meio ambiente e sustentabilidade: a Pense Bem – Meio Ambiente e a Conscientização Ambiental.

Criada e desenvolvida em parceria com outras instituições ligadas ao grupo IPAS - Iniciativa Pró-Alimento Sustentável*, a publicação Pense Bem – Meio Ambiente relata que simples atitudes, como, por exemplo, a economia de água e luz e a coleta seletiva correta, contribuem para a preservação do meio ambiente – reduzindo a ocorrência de enchentes, poluição das águas e do ar e, até, o agravamento do efeito estufa. Seu conteúdo apresenta testes sobre o estilo de vida ecologicamente correto e dicas sobre como aplicar os princípios e conceitos dos 4Rs - Repensar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar – no dia a dia.

Já a abordagem da cartilha de Conscientização Ambiental reúne material didático, levantando a temática sobre o cumprimento da legislação ambiental no Estado. É dirigida ao produtor rural. Elaborada em parceria com o IAP - Instituto Ambiental do Paraná*, os textos têm linguagem acessível e aborda as relações entre a agricultura, o homem do campo e o poder público, abrangendo questões relacionadas a legislação florestal, áreas de preservação permanente e o uso e manejo dos recursos hídricos.

Cartilhas disponíveis para baixar em DOWNLOADS.

25 de novembro de 2010


ONU aprova metodologia brasileira

O Comitê Executivo da Convenção Quadro de Mudança do Clima das Nações Unidas (UNFCCC) acaba de aprovar a primeira metodologia do mundo na área de logística para projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) em transportes de carga que segue as diretrizes do Protocolo de Quioto. Criada pelo Instituto Totum, referência mundial para projetos de créditos de carbono, e pela siderúrgica ArcelorMittal Tubarão, a metodologia tem foco na mudança no transporte de bobinas de aço, com a substituição do transporte rodoviário pelo marítimo. As bobinas são levadas, via Terminal de Barcaças Marítimas (TBmar), do Espírito Santo até Santa Catarina.


Fonte: TN Sustentável

15 de novembro de 2010

Guia EXAME de Sustentabilidade 2010

Alcoa é eleita a empresa do ano em sustentabilidade

A Alcoa foi eleita a empresa sustentável de 2010 pelo Guia EXAME de Sustentabilidade. Um dos destaques da companhia é a exploração de uma mina de bauxita no coração da Floresta Amazônica com técnicas que minimizam os impactos ambientais.


Fonte::http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/as-empresas-premiadas-pelo-guia-exame-de-sustentabilidade

Selo avalia a sustentabilidade das lavanderias brasileiras


A partir de agora, as lavanderias de todo o país poderão ter a qualidade e sustentabilidade de suas práticas e serviços atestada pelo SQS – Selo de Qualidade e Sustentabilidade, que acaba de ser criado pela Anel – Associação Nacional das Empresas de Lavanderias, em parceria com oSindilav – Sindicato das Lavanderias.

Baseada nos critérios de responsabilidade social ISO, a certificação avaliará critérios relacionados ao bem-estar das pessoas e do meio ambiente, como por exemplo:
– consumo e reutilização de água;
– destinação de resíduos do processo industrial e
– segurança dos funcionários.

A Rina Brasil, que é filiada da renomada empresa italiana em certificação ISO, será responsável pela auditoria do SQS e emitirá certificados Ouro, Prata e Bronze para as empresas interessadas em adquirir o selo, de acordo com a qualidade e sustentabilidade de suas práticas e serviços.

A ideia é que as lavanderias comprometidas com a responsabilidade socioambiental possam se destacar das demais empresas do segmento, a partir da certificação SQS, e assim ganhem a preferência do consumidor. O selo será lançado oficialmente, em São Paulo, no dia 24 de novembro.

Mônica Nunes/Débora Spitzcovsky - 12/11/2010 - Planeta Sustentável