28 de abril de 2012

Inovação e sustentabilidade: como unir esses dois pólos?





O gigante norte-americano Wal Mart sempre foi conhecido por ser um dos principais varejistas do mundo e por estar focado na eficiência da sua operação, crescimento e lucro. Tendo como principal diferencial a estratégia de preço baixo, até pouco tempo aparentava não se preocupar com mais nada além disso. Não demostrava nenhuma preocupação com a sociedade ou o meio ambiente e, assim, não dava motivos para ser considerada extremamente diferenciada de sua concorrência.
Porém, com o passar dos anos ficou evidente para os líderes do Wal Mart que a situação deveria mudar se a empresa desejasse se manter no topo do seu ramo de atuação. Afinal, depois de fazer algumas pesquisas com clientes e ex-clientes, a companhia descobriu que uma boa parcela de consumidores deixava de comprar lá por causa de certas “atitudes” (ou falta delas).
Assim, em 2005, o Wal Mart desenvolveu um plano de sustentabilidade que o tornou um pouco mais verde e de quebra mais inovador, pois aproveitou a onda para repensar também tudo o que se refere à inovação dentro da organização.

Na prática
De lá para cá, três grandes metas foram estabelecidas:
● Ser alimentado com 100% de energia renovável;
● Não desperdiçar nada em toda a cadeia de produção e vendas;
● Vender produtos que mantenham os recursos próprios e o meio ambiente.
Para conseguir isso, o Wal Mart fechou parcerias com fornecedores dos mais diferentes segmentos que puderam contribuir para que os objetivos fossem alcançados.
Para a primeira meta, a organização buscou combustíveis alternativos, revisou suas estratégias de logística para alterar procedimentos que não contemplassem a preocupação com a energia renovável e encontrou parceiros nas áreas de design, energia, construção e manutenção que também têm essa mesma preocupação.
Para alcançar o segundo objetivo, o Wal Mart repensou a forma como embala o que vende e repensou seus departamentos de operações e aquisições.
E para ver a terceira meta se tornando realidade trocou fornecedores em diversos segmentos nos quais trabalha procurando sempre optar por aqueles que oferecem produtos sustentáveis.

A ideia
Este exemplo de uma empresa de grande porte mostra que é possível mudar comportamentos “tradicionais” e passar a se preocupar mais com a inovação e a sustentabilidade dentro de uma organização. O importante é, antes de mais nada, entender que não basta simplesmente inovar ou se preocupar com a sustentabilidade. É preciso levar os dois conceitos juntos.
Como afirmou a publicitária Christina Carvalho Pinto no 1º Debate de Sustentabilidade HSM , que aconteceu em meados do ano passado, é preciso haver um equilíbrio entre o poder masculino e o poder feminino, Yin e Yang. “Inovação é Yin e ação é Yang. Elas se complementam. Tudo ficou muito Yang e precisamos resgatar o poder feminino, nos permitir acolher e fertilizar as ideias”.
Não separe o que deve estar unido. Lembre-se disso e faça da inovação e da sustentabilidade dois pilares fundamentais para o sucesso da sua organização.

Dicas práticas
● Identifique quais são os problemas na sua cadeia de produção no que diz respeito à sustentabilidade;
● Debata com seus colaboradores possíveis soluções para esses problemas;
● Encontre fornecedores que tenham as mesmas preocupações que você;
● Estabeleça metas que, ao cumpridas, farão a sua empresa mais sustentável e inovadora;
● Incentive seus colaboradores a compartilharem ideias que podem tornar sua empresa ainda mais sustentável – e, porque não, inovadora;
● Esteja sempre atento ao que seus concorrentes ou até mesmo empresas de outros segmentos estão fazendo para se tornar mais sustentáveis e procure aprender com elas;
● Lembre-se sempre dos motivos que o levaram a começar essa mudança. Assim, não vai ser uma dificuldade qualquer que vai fazê-lo desistir.
Com isso em mente é começar a agir. Os resultados desse trabalho serão evidentes. Sua empresa se tornará uma organização melhor e com isso até mesmo os resultados financeiros melhorarão. Não custa tentar, não é mesmo?

Fonte: site HSM

Nota:
A adoção desta estratégia do Wal Mart, apesar de não ter sido mencionado na matéria acima, ajuda principalmente a fomentar a sustentabilidade das  associações e cooperativas de reciclagem uma vez que o "greenwash" funciona também para introduzir nos seus stakeholders a preocupação com o meio ambiente e os mobiliza à prática da separação do lixo e entrega para coleta seletiva, cujo destino final são os galpões de reciclagem destas associações e cooperativas. O resultado disso, nem precisa dizer: o meio ambiente e as famílias que vivem desta fonte de renda agradecem. por Renata Pio

 “O desafio é inovar os modelos de negócios e aplicá-los para produzir os resultados sociais desejados com economia e eficiência. Podemos criar uma alternativa poderosa: um setor privado movido pela consciência social, criado por empreendedores sociais".
 Muhammad Yunus
 Ganhador do Prêmio Nobel da Paz

12 de abril de 2012

VI Encontro Nacional do FORTEC lançará catálogo com Tecnologias Verdes disponíveis

O VI Encontro Nacional do FORTEC acontecerá em Belém do Pará, entre os dias 17 e 19 de abril e terá como tema: ECONOMIA VERDE, NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS.
O VI FORTEC será focado na INOVAÇÃO através do desenvolvimento de “Tecnologias Verdes”. Para isso o FORTEC abriu uma chamada e todos os associados enviaram suas tecnologias disponíveis para serem apresentadas ao setor empresarial. O objetivo é criar um catálogo de “Tecnologias Verdes” disponíveis a parcerias ou licenciamento. O Catálogo será lançado no VI Encontro Nacional do FORTEC. Trata-se de uma importante oportunidade para que o conjunto dos NITs brasileiros apresentem as tecnologias ambientais ou sustentáveis desenvolvidas em suas Entidades de Ciência e Tecnologia, de modo que seja produzido um documento síntese que possa ser amplamente divulgado, pois com a RIO+20, o mundo estará olhando para o Brasil como um importante protagonista na proposição de soluções para as questões da economia verde e da sustentabilidade socioambiental. Espera-se, para essa edição do FORTEC, a participação de cerca de 700 profissionais entre gestores e representantes de Núcleos de Inovação Tecnológica, representantes de órgãos governamentais e de gestores de inovação atuando no setor empresarial, além de especialistas nacionais e internacionais que compartilharão suas experiências e abrirão espaços de discussão em torno do tema, sob diferentes aspectos e pontos de vista.
A Agência UFRJ de Inovação, membro do FORTEC desde a sua fundação, estará presente nesse encontro, que irá abordar também questões relativas ao Patrimônio Genético e Proteção do Conhecimento Tradicional Associado, à valoração de tecnologias, à Lei de Inovação Brasileira e o Bay-Dole Act Americano, ao novo Código Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação, à Transferência de Tecnologia, entre outros.
Tecnologias verdes: tecnologias limpas e/ou sustentáveis criadas nas Entidades de Ciência e Tecnologias associadas ao FORTEC nas mais diversas áreas do conhecimento: energia, química, materiais, ambiental, nanotecnologia, biotecnologia, entre outros, especialmente concebidos e produzidos para prevenir, compensar, aliviar ou melhorar o ecossistema e a qualidade de vida das pessoas.

Para maiores informações acesse http://www.fortec-br.org/