29 de agosto de 2011

Diário de Bordo do Painel FGV

Painel FGV: Energia e Sustentabilidade no Brasil do Século XXI no Centro de Convenções SulAmérica aqui no Rio.



Cheguei e de cara já me assustei com a quantidade de mesas dispostas com coffee break. Adoro estes salgados de forno que costuma ter nestes eventos. Mas calma aí gente, antes fui ao toalete lavar as mãos hehehe. Só depois fui para a fila: de cadastramento [risos]. Na verdade eu tinha lanchado antes de pegar o ônibus para ir pro evento, então estava meio sem fome. A fila por sinal estava gigantesca, mas graças a agilidade e eficiência das cinco recepcionistas, levei menos de 10 minutos para efetuar meu cadastro e ganhar todos aqueles mimos de palestras: encartizinho com bloco de notas, folder de propaganda da instituição,crachá, formulário de avaliação do evento etc. Feito isso, aí sim, hora de beliscar! Após breve avaliação visual dos quitutes, pus-me a degustá-los, mas fiquei só no brioche com recheio de cream cheese com suco de uva. Terminado meu momento socialite _ passeando entre as pessoas e sorrindo com cara de paisagem _ adentrei para o auditório [imenso por sinal].



A abertura foi com o Diretor da FGV Management, Mario Pinto. Falou rapidamente sobre o objetivo do Painel: abordar estes dois temas que se cruzam, Energia e Sustentabilidade, e juntar o conhecimento das grandes empresas ao expertise da FGV sobre ambos.



Em seguida entrou em cena o mediador da noite, o jornalista e apresentador da GloboNews Sidney Rezende, para convidar os demais oradores da noite para compor a mesa e dar as boas vindas a todos os presentes [inclusive eu :-)].




Joísa Dutra, doutora em Economia pela FGV, é a primeira a palestrar. Notavelmente nervosa e depois de alguns esbarrões no microfone [me vi nela rsrs], inicia fazendo uma abordagem sobre a indústria de energia elétrica brasileira e a relação entre energia elétrica e sustentabilidade [define na íntegra o que significa o termo sustentabilidade, mas isso tem aqui no blog :-p], aprofunda-se um pouco na questão da competitividade apresentando um briefing sobre o impacto da energia na competitividade através do Global Competitive Index, índice de mensuração do custo da energia no Brasil em comparação a outros países [muitos números e gráficos, ECA!]. Lembra que o momento atual do Brasil estabelece a necessidade de comercialização de energia elétrica entre concessionárias, ou seja, universalização de acesso [não, não é sobre privatização]. E é aí que entra a adoção e forte investimento de complementaridades de fontes de energia, com destaque para energia de biomassa em alta no sudeste e centro-oeste, e energia eólica em alta no sul e agora no nordeste. Com isso, o Brasil ocupa o topo no ranking em utilização de energia proveniente de fontes renováveis. Concluiu sua fala apresentando o Smart Grid, ou seja, visão de futuro da energia elétrica brasileira, ou REI (Redes Elétricas Inteligentes). A adoção de REIs trará novas perspectivas sustentáveis.




A segunda e última a palestrar é Olga Simbalista, representando Flávio Decart, presidente da Eletrobrás Furnas que não pôde comparecer por motivo de saúde. Com segurança e tranqüilidade, começou agradecendo o imprevisto que a possibilitou estar no palco [exatamente isso que você leu rsrsr], mas só o fez, acredito eu, por saber que não foi nada grave e pela amizade com o presidente e seu chefe. Lembrou que os movimentos ambientalistas e feministas nos anos 60 tinham valores e ideais muito além da imagem lírica e poética com que se apresentaram e ainda se apresentam. Também lembrou que a sociedade econômica não se encantou pelos cílios e rosto bonito desses movimentos, mas os percebeu a partir do momento que sentiu na parte do corpo que mais dói _ o bolso_ o quanto podiam ganhar e na verdade estavam perdendo. Foi então que a Dow Jones criou o Índice de Sustentabilidade para impulsionar as empresas que se destacavam neste quesito [algo meio Greenwashing?!].




_ “Esse é o país do futuro”! exclama ela. No que diz respeito à energia, afirma que esta frase já se aplica ao Brasil. Fechou dizendo-se muito otimista quanto ao momento energético do Brasil.




Para finalizar, perguntas dos convidados aos palestrantes... e eu saindo de fininho, porque depois de tantos dados estatísticos, meu tico e meu teco já estavam se desintegrando J, é isso!