21 de dezembro de 2010

O apocalipse das sacolas de plásticos.




Consumidores e governo se preocupam com o destino e produção das sacolas plásticas

Nas décadas de 70 e 80, as sacolas de plástico se tornaram necessidade e hoje são um hábito que pede mudanças. A discussão sobre sua adoção e destino após o uso está cada vez mais próxima dos consumidores. O que antes era mais abordado entre as empresas, hoje preocupa também quem as usa no dia-a-dia.

No Brasil, algumas medidas estão sendo tomadas para diminuir a produção, principalmente em supermercados, onde são mais utilizadas. Semana passada, a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) anunciou metas que pretendem reduzir em 40% o emprego dos sacos plásticos no setor supermercadista até 2015. O consumo consciente será estimulado também pela criação do Manual de Ações de Boas Práticas, para funcionários e consumidores.

Alguns países já adotaram atitudes para conter o aumento dessas sacolas. A Irlanda foi o primeiro país a controlar a produção através de medidas do governo, introduzindo em 2002 a PlasTax. É um imposto cobrado dos consumidores, 0,15 € a cada unidade. O resultado foi a redução de 90% no consumo das sacolas plásticas e a arrecadação de 23 milhões de euros destinados a projetos ambientais.

Hábitos dos consumidores

Alguns hábitos relacionados ao uso das sacolas de plástico são recorrentes no Brasil. Desde sua utilização como recipiente para guardar resíduos ou recolhimento de dejetos de animais, os consumidores vêem o benefício do plástico gratuito dos supermercados por não precisarem comprar sacos específicos para esses fins.

Apesar do costume, segundo a pesquisa Sustentabilidade Aqui e Agora, do Ministério do Meio Ambiente, a proibição das sacolas plásticas é aprovada por 60% da população. Indica também que 21% não sabe como descartar o lixo sem as sacolas.

Algumas dúvidas são recorrentes, como a diferença entre as sacolas de supermercado e os sacos de lixo. Apesar dos dois serem de polietileno, os sacos específicos para resíduos tem a vantagem de possuírem um ciclo de vida mais curto. Eles cumprem a sua missão de descarte enquanto as sacolas, além do hábito de embalar o que já foi consumido, cumprem a função de embalagem de produtos a serem transportados.

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